Diferencia entre revisiones de «CAMETÁ (Pará); Diocese»

De Dicionário de História Cultural de la Iglesía en América Latina
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A história da fé católica em Cametá data do início da colonização, por volta de 1617, com a chegada dos primeiros portugueses e dos frades Capuchinhos de Santo Antônio à localidade de Cametá Tapera, onde viviam os índios Camutás. Naquele lugar, os religiosos construíram uma capela e um pequeno convento com a intenção de catequizar os nativos.  
 
A história da fé católica em Cametá data do início da colonização, por volta de 1617, com a chegada dos primeiros portugueses e dos frades Capuchinhos de Santo Antônio à localidade de Cametá Tapera, onde viviam os índios Camutás. Naquele lugar, os religiosos construíram uma capela e um pequeno convento com a intenção de catequizar os nativos.  
  
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Destacamos, ainda, a herança cultural dos escravos africanos cujas tradições até hoje persistem nas localidades surgidas dos antigos quilombos. Em 1635 Cametá Tapera é reconhecida como Vila e, em 1713, é transferida para o local onde se acha instalada hoje a cidade de Cametá, a qual foi elevada à essa condição em 1848.  
 
Destacamos, ainda, a herança cultural dos escravos africanos cujas tradições até hoje persistem nas localidades surgidas dos antigos quilombos. Em 1635 Cametá Tapera é reconhecida como Vila e, em 1713, é transferida para o local onde se acha instalada hoje a cidade de Cametá, a qual foi elevada à essa condição em 1848.  
  
Dentre os cametaenses ilustres destaca-se: Pe. Prudêncio José das Mercês Tavares; Ângelo Custódio Corrêa; Dom Romualdo de Sousa Coelho, bispo de Belém do Pará; Dom Romualdo de Seixas, bispo de Belém do Pará e arcebispo da Bahia; e Dom Milton Corrêa Pereira, arcebispo de Manaus. Desde o ano de 1933 a região foi atendida pelos padres Lazaristas (Congregação da Missão) e em 29 de novembro de 1952, pela bula Providentissimi Consilium, o Papa Pio XII criou a Prelazia de Cametá, desmembrada de Belém, e entregue aos cuidados pastorais dos padres Lazaristas; os quais evangelizaram com acento especial à promoção social e, a partir de 1968, acompanharam o nascimento das Comunidades Eclesiais de Base, que nesta Igreja Local são chamadas de Comunidades Cristãs.  
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Dentre os cametaenses ilustres destaca-se: Pe. Prudêncio José das Mercês Tavares; Ângelo Custódio Corrêa; Dom Romualdo de Sousa Coelho, bispo de Belém do Pará; Dom Romualdo de Seixas, bispo de Belém do Pará e arcebispo da Bahia; e Dom Milton Corrêa Pereira, arcebispo de Manaus. Desde o ano de 1933 a região foi atendida pelos padres Lazaristas (Congregação da Missão) e em 29 de novembro de 1952, pela [[BULA | bula]] ''Providentissimi Consilium'', o Papa Pio XII criou a Prelazia de Cametá, desmembrada de Belém, e entregue aos cuidados pastorais dos padres Lazaristas; os quais evangelizaram com acento especial à promoção social e, a partir de 1968, acompanharam o nascimento das Comunidades Eclesiais de Base, que nesta Igreja Local são chamadas de Comunidades Cristãs.  
  
 
Em 5 de maio de 2013 a Prelazia de Cametá foi elevada à dignidade de Diocese. Localizada no nordeste paraense, em plena Amazônia, banhada pelo rio Tocantins e cortada pela rodovia Transamazônica, a Diocese de Cametá possui uma extensão geográfica de, aproximadamente, 48.309 km² e uma população de 616.572 habitantes (IBGE 2016). Está formada pelos municípios de Cametá, Limoeiro do Ajurú, Oeiras do Pará, Igarapé Miri, Mocajuba e Baião (Região Tocantina); e pelos municípios de Tucuruí, Breu Branco, Novo Repartimento e Pacajá (Região Transamazônica).  
 
Em 5 de maio de 2013 a Prelazia de Cametá foi elevada à dignidade de Diocese. Localizada no nordeste paraense, em plena Amazônia, banhada pelo rio Tocantins e cortada pela rodovia Transamazônica, a Diocese de Cametá possui uma extensão geográfica de, aproximadamente, 48.309 km² e uma população de 616.572 habitantes (IBGE 2016). Está formada pelos municípios de Cametá, Limoeiro do Ajurú, Oeiras do Pará, Igarapé Miri, Mocajuba e Baião (Região Tocantina); e pelos municípios de Tucuruí, Breu Branco, Novo Repartimento e Pacajá (Região Transamazônica).  
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As características territoriais, sociais, econômicas e culturais destas duas regiões são bastante diversas. Esta Igreja Local congrega vinte paróquias e conta com vinte e cinco sacerdotes diocesanos e quatro religiosos. O ministério diaconal é desenvolvido por dezoito diáconos permanentes. A vida consagrada está presente em número de treze comunidades religiosas: duas masculinas e onze femininas.  
 
As características territoriais, sociais, econômicas e culturais destas duas regiões são bastante diversas. Esta Igreja Local congrega vinte paróquias e conta com vinte e cinco sacerdotes diocesanos e quatro religiosos. O ministério diaconal é desenvolvido por dezoito diáconos permanentes. A vida consagrada está presente em número de treze comunidades religiosas: duas masculinas e onze femininas.  
  
A Diocese de Cametá tem rosto de comunidade: são mais de setecentas comunidades cristãs. As pastorais reconhecidas a nível de CNBB Nacional estão presentes e atuantes na maioria das paróquias. Em nível de formação a Diocese conta com o Seminário Maior «Bom Pastor», em Ananindeua; o Seminário Menor «Pe. Josimo», em Cametá; a Escola Diaconal «Pe. Geraldinho»; e duas escolas de leigos: «Dom José Elias Chaves», em Cametá e «São Paulo», em Tucuruí.  
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A Diocese de Cametá tem rosto de comunidade: são mais de setecentas comunidades cristãs. As pastorais reconhecidas a nível de CNBB Nacional estão presentes e atuantes na maioria das paróquias. Em nível de formação a Diocese conta com o Seminário Maior «Bom Pastor», em Ananindeua; o Seminário Menor «Pe. Josimo», em Cametá; a Escola Diaconal «Pe. Geraldinho»; e duas escolas de leigos: «Dom José Elias Chaves», em Cametá e «[[SÃO_PAULO;_(São_Paulo)_–_Arquidiocese | São Paulo]]», em Tucuruí.  
  
 
A Assembleia do Povo Deus e os Conselhos Diocesanos de Pastoral são os organismos pastorais de comunhão e participação. Atualmente, a Diocese está empenhada na evangelização através de seu plano de pastoral (2013 a 2017) que contempla cinco grandes urgências: a formação e animação bíblica da pastoral; o dízimo; a defesa da vida; a revitalização das comunidades cristãs; e a evangelização da juventude. Esta Igreja Local, também, está empenhada na formação de clero próprio, no amadurecimento dos ministérios leigos e na auto sustentação financeira.
 
A Assembleia do Povo Deus e os Conselhos Diocesanos de Pastoral são os organismos pastorais de comunhão e participação. Atualmente, a Diocese está empenhada na evangelização através de seu plano de pastoral (2013 a 2017) que contempla cinco grandes urgências: a formação e animação bíblica da pastoral; o dízimo; a defesa da vida; a revitalização das comunidades cristãs; e a evangelização da juventude. Esta Igreja Local, também, está empenhada na formação de clero próprio, no amadurecimento dos ministérios leigos e na auto sustentação financeira.
  
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Dom Mário de Miranda Vilas-Boas, Administrador Apostólico (1952-1955);
 
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Pe. Cornélio Veerman, Administrador Apostólico (1955-1961);
 
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Pe. Henrique Reimslag, Administrador Apostólico (1970-1980);
 
Pe. Henrique Reimslag, Administrador Apostólico (1970-1980);
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Dom José Elias Chaves, 2º Bispo Prelado (1980-1999);
 
Dom José Elias Chaves, 2º Bispo Prelado (1980-1999);
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Pe. Pedro Gotardo Donatti, Administrador Diocesano (1999-2000);
 
Pe. Pedro Gotardo Donatti, Administrador Diocesano (1999-2000);
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Dom Jesus Maria Cizaurre, 3º Bispo Prelado (2000-2013);
 
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Dom Jesus Maria Cizaurre, 1º Bispo Diocesano (2013-2016);
 
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Pe. João Thimóteo de Oliveira, Administrador Diocesano (2016-...)
 
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BARROS, José H. O. de. O ''imaginário da republica em Cametá. Republicanos, democratas e outros partidos na batalha da construção da república em Cametá-Pará (1886-1960)''. Coleção Novo Tempo Cabano Vol. III. Cametá, 2007.
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FRENCKEN, Geraldo. ''Em missão: padres da congregação da missão (lazaristas), no nordeste e norte do [[BRASIL;_Afrodescendientes | Brasil]]''. Fortaleza: edições UFC, 2010.
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SOUSA, A. Gaia de. ''Irmandades leiga na Amazônia: os irmãos devotos de São Sebastiao de Belos Prazeres – Cametá/Pará (1960-2010).'' Coleção Novo Tempo Cabano Vol. IX, AGS. Cametá, 2012.
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SOUSA, R. Valdomiro. ''Campesinato na Amazônia: da subordinação à luta pelo poder''. Belém: NAEA, 2002.
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REFERENCIAS
 
BARROS, José H. O. de. O imaginário da republica em Cametá. Republicanos, democratas e outros partidos na batalha da construção da república em Cametá-Pará (1886-1960). Coleção Novo Tempo Cabano Vol. III. Cametá, 2007.   
 
FRENCKEN, Geraldo. Em missão: padres da congregação da missão (lazaristas), no nordeste e norte do Brasil. Fortaleza: edições UFC, 2010.
 
SOUSA, A. Gaia de. Irmandades leiga na Amazônia: os irmãos devotos de São Sebastiao de Belos Prazeres – Cametá/Pará (1960-2010). Coleção Novo Tempo Cabano Vol. IX, AGS. Cametá, 2012.
 
SOUSA, R. Valdomiro. Campesinato na Amazônia: da subordinação à luta pelo poder. Belém: NAEA, 2002.
 
  
CAIO BOSCHI
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[[SÃO_PAULO;_(São_Paulo)_–_Arquidiocese |  SÃO_PAULO;_(São_Paulo)_–_Arquidiocese]]
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[[BULA|BULA]]
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Revisión actual del 14:22 7 ago 2020

A história da fé católica em Cametá data do início da colonização, por volta de 1617, com a chegada dos primeiros portugueses e dos frades Capuchinhos de Santo Antônio à localidade de Cametá Tapera, onde viviam os índios Camutás. Naquele lugar, os religiosos construíram uma capela e um pequeno convento com a intenção de catequizar os nativos.

Consta, ainda, a presença evangelizadora na região dos Capuchos da Piedade e, mais tarde, dos frades Carmelitas; além dos padres jesuítas e dos padres mercedários. Com a expulsão da Companhia de Jesus pelo Marquês de Pombal em 1767, a Diocese de Belém envia à Cametá e Baião sacerdotes diocesanos. Nas devoções populares, nas irmandades e nos templos encontramos atualmente claros vestígios da passagem e evangelização das congregações religiosas.

Destacamos, ainda, a herança cultural dos escravos africanos cujas tradições até hoje persistem nas localidades surgidas dos antigos quilombos. Em 1635 Cametá Tapera é reconhecida como Vila e, em 1713, é transferida para o local onde se acha instalada hoje a cidade de Cametá, a qual foi elevada à essa condição em 1848.

Dentre os cametaenses ilustres destaca-se: Pe. Prudêncio José das Mercês Tavares; Ângelo Custódio Corrêa; Dom Romualdo de Sousa Coelho, bispo de Belém do Pará; Dom Romualdo de Seixas, bispo de Belém do Pará e arcebispo da Bahia; e Dom Milton Corrêa Pereira, arcebispo de Manaus. Desde o ano de 1933 a região foi atendida pelos padres Lazaristas (Congregação da Missão) e em 29 de novembro de 1952, pela bula Providentissimi Consilium, o Papa Pio XII criou a Prelazia de Cametá, desmembrada de Belém, e entregue aos cuidados pastorais dos padres Lazaristas; os quais evangelizaram com acento especial à promoção social e, a partir de 1968, acompanharam o nascimento das Comunidades Eclesiais de Base, que nesta Igreja Local são chamadas de Comunidades Cristãs.

Em 5 de maio de 2013 a Prelazia de Cametá foi elevada à dignidade de Diocese. Localizada no nordeste paraense, em plena Amazônia, banhada pelo rio Tocantins e cortada pela rodovia Transamazônica, a Diocese de Cametá possui uma extensão geográfica de, aproximadamente, 48.309 km² e uma população de 616.572 habitantes (IBGE 2016). Está formada pelos municípios de Cametá, Limoeiro do Ajurú, Oeiras do Pará, Igarapé Miri, Mocajuba e Baião (Região Tocantina); e pelos municípios de Tucuruí, Breu Branco, Novo Repartimento e Pacajá (Região Transamazônica).

As características territoriais, sociais, econômicas e culturais destas duas regiões são bastante diversas. Esta Igreja Local congrega vinte paróquias e conta com vinte e cinco sacerdotes diocesanos e quatro religiosos. O ministério diaconal é desenvolvido por dezoito diáconos permanentes. A vida consagrada está presente em número de treze comunidades religiosas: duas masculinas e onze femininas.

A Diocese de Cametá tem rosto de comunidade: são mais de setecentas comunidades cristãs. As pastorais reconhecidas a nível de CNBB Nacional estão presentes e atuantes na maioria das paróquias. Em nível de formação a Diocese conta com o Seminário Maior «Bom Pastor», em Ananindeua; o Seminário Menor «Pe. Josimo», em Cametá; a Escola Diaconal «Pe. Geraldinho»; e duas escolas de leigos: «Dom José Elias Chaves», em Cametá e « São Paulo», em Tucuruí.

A Assembleia do Povo Deus e os Conselhos Diocesanos de Pastoral são os organismos pastorais de comunhão e participação. Atualmente, a Diocese está empenhada na evangelização através de seu plano de pastoral (2013 a 2017) que contempla cinco grandes urgências: a formação e animação bíblica da pastoral; o dízimo; a defesa da vida; a revitalização das comunidades cristãs; e a evangelização da juventude. Esta Igreja Local, também, está empenhada na formação de clero próprio, no amadurecimento dos ministérios leigos e na auto sustentação financeira.

EPISCOPOLÓGIO:

Dom Mário de Miranda Vilas-Boas, Administrador Apostólico (1952-1955);

Pe. Cornélio Veerman, Administrador Apostólico (1955-1961);

Dom Cornélio Veerman, 1º Bispo Prelado (1961-1969);

Pe. Henrique Reimslag, Administrador Apostólico (1970-1980);

Dom José Elias Chaves, 2º Bispo Prelado (1980-1999);

Pe. Pedro Gotardo Donatti, Administrador Diocesano (1999-2000);

Dom Jesus Maria Cizaurre, 3º Bispo Prelado (2000-2013);

Dom Jesus Maria Cizaurre, 1º Bispo Diocesano (2013-2016);

Pe. João Thimóteo de Oliveira, Administrador Diocesano (2016-...)

REFERENCIAS

BARROS, José H. O. de. O imaginário da republica em Cametá. Republicanos, democratas e outros partidos na batalha da construção da república em Cametá-Pará (1886-1960). Coleção Novo Tempo Cabano Vol. III. Cametá, 2007.

FRENCKEN, Geraldo. Em missão: padres da congregação da missão (lazaristas), no nordeste e norte do Brasil. Fortaleza: edições UFC, 2010.

SOUSA, A. Gaia de. Irmandades leiga na Amazônia: os irmãos devotos de São Sebastiao de Belos Prazeres – Cametá/Pará (1960-2010). Coleção Novo Tempo Cabano Vol. IX, AGS. Cametá, 2012.

SOUSA, R. Valdomiro. Campesinato na Amazônia: da subordinação à luta pelo poder. Belém: NAEA, 2002.


CAIO BOSCHI