SANTOS; Diocese
A Diocese de Santos foi criada em 4 de julho de 1924, pela Bula Ubi Praesules, do Papa Pio XI, tendo sido desmembrada da Arquidiocese de São Paulo, e das dioceses de Botucatu/SP e Taubaté/SP. Quando de sua criação, compreendia toda a faixa do Litoral do estado de São Paulo.
A cidade de Santos foi a escolhida para ser a sede episcopal, por se tratar do principal polo econômico, com o seu Porto (ainda hoje o maior da América Latina), e a primeira Santa Casa de Misericórdia (1543). A Diocese, embora tenha sido criada em 1924, funde sua história com a origem da colonização portuguesa, iniciada em 1532. A primeira cidade instalada oficialmente no Brasil, São Vicente, foi criada em 22 de janeiro de 1532, e a primeira paróquia, a de S. Vicente Mártir, em 1535.
Em São Vicente, Santos, Itanhaém e Peruíbe encontram-se registros da atividade evangelizadora dos Jesuítas Manuel da Nóbrega (em 1549) e S. José de Anchieta (1553), considerados os precursores da evangelização no Brasil. A Diocese, composta por nove municípios, possui considerável acervo histórico e cultural, encontrado em edificações datadas desde o século XVI.
Ademais, possui número significativo de produção de imaginaria e alfaias, além da manutenção de tradições religiosas centenárias, como as festas mantidas pelas Irmandades do Rosário, do Carmo, do Senhor dos Passos e N. Sra. das Dores, S. Benedito e Ordem Franciscana Secular. Dentre os eventos que marcam a presença da Igreja Católica no Litoral Paulista nestes 500 anos de formação da sociedade brasileira vale destacar o trabalho da ALA - Assistência ao Litoral de Anchieta (1939), o Congresso Eucarístico (1941), a ação de D. David Picão em defesa dos prisioneiros políticos durante o período de Ditadura Militar (1968 – 1984); o Primeiro Sínodo Diocesano, realizado de 1996 até 1999.
Nas 10 sessões sinodais foram vistos todos os aspectos de evangelização e pastoral da diocese, adequando as estruturas diocesanas à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); a organização eclesial, do clero e leigos, para a chegada do Novo Milênio, com a implantação dos Planos Diocesanos de Pastoral/Evangelização. A diocese de Santos cedeu território para a Diocese de Itapeva (1968), para a Diocese de Registro (1974 - Litoral Sul) e para a Diocese de Caraguatatuba (1999 - Litoral Norte).
Instituições:
o Seminário Diocesano São José localizado em Santos, é a sede do Seminário Maior e casa dos seminaristas que cursam Filosofia na Universidade Católica de Santos. Os estudantes de Teologia moram em São Paulo, Capital, e realizam seus estudos na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; o Centro de Formação do Apostolado de Santos - Casa de retiros e encontros para a formação do Clero e do Laicato; Museu de Arte sacra de Santos - Fundado em 11 de julho de 1981, por D. David Picão, ocupa as dependências do antigo Mosteiro Beneditino de Santos.
Possui significativo acervo de mais de 600 peças, das quais as mais antigas datam do século XVI; Universidade Católica de Santos - criada por D. Idílio José Soares, em 1952. Quando de sua criação, não existia curso superior na Região; Associação Promocional de Assistência social Estrela do Mar - organização não-governamental, responsável por diversas atividades sociais em conjunto com os poderes público e a iniciativa privada; Instituto de Teologia São José de Anchieta - responsável pela formação dos leigos e leigas da Diocese de Santos.
A Diocese de Santos, a partir de 3 de março de 1999, limita-se com a Arquidiocese de São Paulo, e as Dioceses de Registro, Campo Limpo, Santo Amaro, Santo André, Mogi das Cruzes, São José dos Campos, Lorena e Caraguatatuba. É formada pelos seguintes municípios: Bertioga, Guarujá, Cubatão, Santos, São Vicente, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população da Região da Baixada Santista, Costa da Mata Atlântica, em 2014, está estimada em 1.781.620 habitantes, em 2.405,7 km2. É composta por 48 paróquias e 2 Reitorias, organizadas em 8 Regiões Pastorais. Possui um quadro de 88 sacerdotes (seculares e religiosos) e 34 diáconos permanentes.
A Diocese de Santos, até o governo atual (2016), contou com a presença de 6 Bispos Diocesanos, sendo 3 Coadjutores, com direito à sucessão, e 2 Auxiliares. Bispos: Dom José Maria Parreira Lara (18/4/1925 a 2/12/1934); De 3/12/1934 a 15/9/1935 (Sede Vacante): Mons. Luiz Gonzaga Rizzo assume como Governador da Diocese de Santos; Dom Paulo de Tarso Campos (15/9/1935 a 16/12/1941); De 3/3/1942 a 31/8/1943 (Sede Vacante): Mons. Luiz Gonzaga Rizzo assume como Vigário Capitular da Diocese de Santos; Dom Idílio José Soares (19/9/1943 a 13/12/1966); Dom David Picão (13/12/1966 a 26/7/2000); Dom Jacyr Francisco Braido, CS (26/7/2000 a 6/5/2015); e Dom Tarcísio Scaramussa, SDB (6/5/2015 –).
DOM TARCÍSIO SCARAMUSSA, SDB